terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

LEMBRANDO O 25 DE ABRIL

















O 25 de Abril
Os acontecimentos deste dia revelam que o Movimento das Forças Armadas estava organizado e que era mais do que uma organização corporativista. Os miltares da Revolução preconizaram um momento da História Portuguesa, com milhares de outros protagonistas anónimos.Situações impossíveis apenas 24 horas antes, marcaram os derradeiros momentos do Estado Novo. Imaginemos o Terreiro do Paço entre as 8 e as 11 da manhã, o Largo do Carmo ao meio-dia, e, mesmo, a tensão vivida na António Maria Cardoso durante toda a tarde.Foi a Revolução dos Cravos.
00:20A Rádio Renascença transmite a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, segundo sinal do MFA, para que os militares dessem início às operações previstas.

Grândola, Vila Morena, José Afonso, 1971

Zeca Afonso
03:00Início do cumprimento das missões militares, de acordo com o "Plano Geral das Operações".As principais forças do MFA são as seguintes:
Regimento de Engenharia N.º 1 (RE1), Lisboa
Escola Prática de Administração Militar (EPAM), Lisboa
Batalhão de Caçadores N.º 5 (BC 5), Lisboa
Regimento de Artilharia Ligeira N.º 1 (RAL1), Lisboa
Carreira de Tiro da Serra da Carregueira (CTSC), Lisboa
Regimento de Infantaria N.º 1 (RI1), Lisboa
Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e de Costa (CIAAC), Lisboa
Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF), Lisboa
10º Grupo de Comandos, Lisboa
Escola Prática de Infantaria (EPI), Mafra
Escola Prática de Cavalaria (EPC), Santarém
Escola Prática de Artilharia (EPA), Vendas Novas
Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3), Estremoz
Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), Lamego





Agrupamento do NorteSão consideradas forças inimigas:
Guarda Nacional Republicana (GNR)
Polícia de Segurança Pública (PSP)
Direcção-Geral de Segurança (PIDE/DGS)
Legião Portuguesa (LP)
Regimento de Cavalaria N.º 7 (RC7)
Regimento de Lanceiros N.º 2 (RL2)

Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 1

Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 2

Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 3





03:10Principais movimentações das forças do MFA:
Quartel General da Região Militar de Lisboa, ocupado por uma companhia do BC 5;
Rádio Clube Português (RCP), defendida por outra companhia do BC 5 e ocupada pelo 10º Grupo de Comandos;
Rádio Televisão Portuguesa (RTP), estúdios do Lumiar ocupados pela EPAM;
Emissora Nacional, estúdios ocupados pelo CTSC;
Posicionamento de uma bateria da EPA em Almada;
A EPC dirige-se ao Terreiro do Paço;
EPI sai para ocupar o Aeroporto de Lisboa;
Companhias de Caçadores ocupam as antenas do RCP;
5º Grupo de Comandos sai de Tomar para intervir no RC 7;
Força do RI 14 junta-se à da Figueira da Foz;
Sai uma força da EPE de Tancos;
O CIOE vai ocupar a sede da PIDE/DGS no Porto.
04:00O BC 5 garante a segurança da residência do General Spínola.
04:20O Rádio Clube Português transmite o primeiro comunicado do MFA. O Aeroporto de Lisboa é ocupado pela EPI.

Transmissão do primeiro comunicado do MFA emitido às 04:20 pelo Posto de Comando

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 04:20h
04:45Transmissão do segundo comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 04:45h
05:15O Aeródromo de Tires é ocupado é ocupado pelo CIAAC. Transmissão do terceiro comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 05:15h
05:45A Escola Prática de Cavalaria ocupa o Terreiro do Paço. Transmissão do quarto comunicado do MFA.

O Terreiro do Paço ocupado no final da madrugada do dia 25 de Abril.

As tropas de oposição ao governo ocupam o Terreiro do Paço no final da madrugada do dia 25 de Abril.
06:00A EPC cerca os ministérios, a Câmara Municipal de Lisboa, os acessos ao Governo Civil, o Banco de Portugal e a Rádio Marconi.

O Tenente de Inf. Nelson dos Santos, em frente ao Ministério do Exército, no Terreiro do Paço, aguarda com outros oficiais, para proceder à prisão das altas individualidades militares.
06:30Chegada ao Terreiro do Paço de um pelotão do Regimento de Cavalaria 7, fiel ao Governo, comandado pelo Alferes Miliciano David e Silva que, após conversações, se coloca às ordens do MFA.
06:45O Posto de Comando toma conhecimento de que Marcelo Caetano, Presidente do Conselho de Ministros, está no Quartel do Carmo.

Marcelo Caetano
07:00O Agrupamento do Norte dirige-se ao Forte de Peniche, prisão da PIDE/DGS. O RAP 2 toma posição junto à ponte da Arrábida e a EPA junto ao Cristo Rei, em Almada. No Terreiro do Paço, oficiais da Polícia Militar e o Capitão Maltez da PSP, põem-se às ordens de Salgueiro Maia após conversações.

Os instruendos da Escola Prática de Cavalaria utilizam as carrinhas da PSP como protecção, ainda no Terreiro do Paço.

Capitão Salgueiro Maia, Tavares de Almeida e o Alferes Miliciano Maia Loureiro mandam descongestionar o trânsito no Terreiro do Paço, aos guardas da PSP, que entretanto se puseram à disposição da Escola Prática de Cavalaria.





07:30Transmissão de outro comunicado do MFA. Chegada à Ribeira das Naus de nova força do RC 7, comandada pelo Tenente-Coronel Ferrand de Almeida.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 07:30h

Ao largo da praça do Município instruendos da EPC, pertencentes ao 5.º pelotão de atiradores esperam, as forças leais ao Governo.

Na praça do Município instruendos da EPC, pertencentes ao 5.º pelotão de atiradores esperam, de armas na mão, as forças leais ao Governo.
08:00Uma força do Regimento de Lanceiros 2, contrária ao MFA, toma posição na Ribeira das Naus, em Lisboa. Prisão do Tenente-Coronel Ferrand de Almeida por Salgueiro Maia.

Ferrand de Almeida, Salgueiro Maia e o seu adjunto Assunção, são os protagonistas dos primeiros momentos de tensão, quando forças fiéis ao governo, progrediram do Cais do Sodré em direcção aos blindados da EPC.
08:30Uma força da PSP chega ao Terreiro do Paço, mas nem tenta entrar em confronto com as tropas de Salgueiro Maia.

Capitão Salgueiro Maia, Tavares de Almeida e o Alferes Miliciano Maia Loureiro mandam descongestionar o trânsito no Terreiro do Paço, aos guardas da PSP, que entretanto se puseram à disposição da Escola Prática de Cavalaria.





09:00A fragata "Gago Coutinho" - que integrava as forças da NATO em exercícios – toma posição frente ao Terreiro do Paço, recebendo ordens para disparar sobre as tropas de Maia, mas não chega a fazê-lo.

O dispositivo militar ocupa o Terreiro do Paço na madrugada do dia 25 de Abril e surpreende-se com a presença dos navios da Nato que já deviam ter-se feito ao largo para partirem no exercício "Dawn Patrol".





09:30Os ministros da Defesa, da Informação e Turismo, do Exército e da Marinha, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Governador Militar de Lisboa, o sub-secretário de Estado do Exército e o Almirante Henrique Tenreiro fogem por um buraco que abriram na parede do ministério do Exército e dirigem-se para o Regimento de Lanceiros 2, onde instalaram o Posto de Comando das forças leais ao Governo.

Buraco aberto na parede do ministério do Exército por onde fugiram vários ministros e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, dirigindo-se para Posto de Comando das forças leais ao Governo.





09:35Forças leais ao Governo, comandadas pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, chegam ao Terreiro do Paço.





10:00Na Ribeira das Naus, o Alferes Miliciano Fernando Sottomayor, do RC 7, não obedece às ordens do Brigadeiro Junqueira dos Reis para disparar sobre Salgueiro Maia e as suas tropas, o que leva o Brigadeiro a dar ordem de prisão a Sottomayor e a ordenar aos soldados que disparassem. Tendo-se estes recusado também a disparar, Junqueira dos Reis dispara dois tiros para o ar, abandona o local e dirige-se para a rua do Arsenal.

Na Rua do Arsenal, tanques da Escola Prática de Cavalaria barram o caminho às forças fiéis ao Governo. Salgueiro Maia regressa ao Terreiro do Paço e em cima do carro de combate, reconhece-se o Alferes Cardoso, hoje Tenente-Coronel.
10:30Rendição do Major Pato Anselmo, do RC 7 e transmissão de um novo comunicado do MFA.

Jaime Neves e Pato Anselmo entre outros, são os protagonistas dos primeiros momentos de tensão, quando forças fiéis ao governo, progrediram do Cais do Sodré em direcção aos blindados da EPC.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 10:30h





10:45Na Rua do Arsenal, o Brigadeiro Junqueira dos Reis dá ordem de fogo sobre o Tenente Alfredo Assunção, que fora enviado por Salgueiro Maia para negociar com as forças de Junqueira dos Reis. Tendo sido, de novo, desobedecido pelos seus militares, acaba por dar três murros no Tenente Assunção.

Na Rua do Arsenal, tanques da Escola Prática de Cavalaria barram o caminho às forças fiéis ao Governo, uma parte recua sob o comando do Brigadeiro Reis e outra passa-se para o lado dos revoltosos.





11:30O Posto de Comando envia uma coluna militar, comandada pelo Major Jaime Neves, para ocupar a Legião Portuguesa na Penha de França e uma coluna, comandada por Salgueiro Maia, para o Quartel do Carmo, onde se encontravam Marcelo Caetano, Rui Patrício, ministro dos Negócios Estrangeiros e Moreira Baptista, ministro da Informação e Turismo.Salgueiro Maia comanda as forças da EPC que vão cercar o Quartel da GNR no Largo do Carmo, em Lisboa.

Salgueiro Maia atinge o Largo do Carmo. Em segundo plano o Capitão Tavares de Almeida e o Aspirante Laranjeira à civil.





11:45O MFA informa o país, através do RCP, que domina a situação de Norte a Sul.

Foi cumprida a missão inicial: ocupar a Baixa de Lisboa.

Dono da situação, Salgueiro Maia reorganiza a força, que conta agora com carros de combate pertencentes às unidades até há pouco leais ao governo.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 11:45h





Pontinha.
12:00Uma força do Regimento de Infantaria 1 tenta impedir o acesso da coluna da EPC ao Quartel do Carmo, mas Salgueiro Maia convence-os a juntarem-se às suas tropas.

Salgueiro Maia atinge o Largo do Carmo e manda ocupar as ruas envolventes e cerca o quartel.

Salgueiro Maia e o Tenente Santos Silva conversam com o Major Velasco da GNR, acompanhados dos homens das transmissões, no Largo do Carmo.





12:15A coluna da EPC, comandada por Salgueiro Maia, chega ao Chiado pela Rua do Carmo, envolvida por uma multidão de apoiantes civis.

Capa do jornal A Capital do dia 25 de Abril de 1974

A confiança expressa desde a primeira hora pela multidão transmite-se aos soldados do Alferes Marcelino, Comandante do 1.º pelotão de atiradores.





12:30As forças de Salgueiro Maia cercam o Largo do Carmo e recebem ordens do Posto de Comando para abrir fogo sobre o Quartel da GNR, para obter a rendição de Marcelo Caetano.

O dispositivo militar instala-se no Largo do Carmo.





12:45A população distribui comida, leite e cigarros pelos militares presentes no Largo do Carmo. Forças da GNR tomam posição na retaguarda das tropas de Salgueiro Maia, em defesa do regime.





13:00O Brigadeiro Junqueira dos Reis tenta cercar as forças de Salgueiro Maia com a ajuda da GNR, da Polícia de Choque e uma companhia do RI 1. Forças do RC 3 chegam à ponte sobre o Tejo e dirigem-se ao Largo do Carmo. É transmitido novo comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 13:00h





13:30Um helicanhão sobrevoa o Largo do Carmo, provocando ansiedade entre militares e civis.
13:40Forças do MFA ocupam a sede da Legião Portuguesa.
14:00A companhia do Regimento de Infantaria 1 que apoiava Junqueira dos Reis, passa-se para o lado de Salgueiro Maia. Iniciam-se as conversações entre o General Spínola e Marcelo Caetano, para a obtenção da rendição do Presidente do Conselho, através de intermediários.

Capa do jornal Diário de Notícias do dia 25 de Abril de 1974





14:30Transmissão novo comunicado do MFA, informando que estavam ocupados os principais objectivos. O esquadrão do RC 3, comandado pelo Capitão Ferreira, cerca as tropas do Brigadeiro Junqueira dos Reis.

Transmissão de um comunicado do MFA emitido às 14:30 pelo Posto de Comando

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 14:30h





15:00Por ordem do Posto de Comando, Salgueiro Maia pega num megafone e faz um ultimato à GNR para que se renda, ameaçando rebentar com os portões do Quartel do Carmo. É transmitido novo comunicado do MFA.

Salgueiro Maia pega num megafone e dá ordens à GNR para que se renda, ameaçando com fogo sobre os portões do Quartel do Carmo.

Transmissão de um comunicado do MFA emitido às 15:00 pelo Posto de Comando

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 15:00h





15:15Forças da EPA recebem ordens para libertar os militares presos no Forte da Trafaria, na sequência do 16 de Março.

A saída em falso do Reg. das Caldas da Rainha a 16 de Março de 1974, como reacção à demissão de Costa Gomes e de Spínola, constituiu o ensaio militar do dia 25 de Abril.





15:30Disparos sobre a fachada do Quartel do Carmo, por ordem de Salgueiro Maia, o que obriga ao reinício das conversações para a rendição de Marcelo Caetano.

Disparos sobre a fachada do Quartel do Carmo, sob as ordens de Salgueiro Maia, obriga a população a refugiar-se.





16:15Elementos da PIDE/DGS abrem fogo sobre a multidão que cerca a sua sede, na rua António Maria Cardoso, provocando um morto e vários feridos.

Rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.

Forças de cavalaria, de infantaria e da marinha ocupam as entradas da rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.





16:25Em consequência da não evolução das negociações para a rendição de Marcelo Caetano, Salgueiro Maia coloca um blindado frente ao Quartel e inicia a contagem para abrir fogo, quando é interrompido por Pedro Feytor-Pinto e Nuno Távora, da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, que se dizem portadores de uma mensagem do General Spínola para Marcelo Caetano. Salgueiro Maia autoriza a entrada no Quartel desses dois mensageiros.

Cartoon de Augusto Cid, no jornal República do dia 27 de Abril de 1974





16:30Contactos telefónicos entre o Spínola, Marcelo Caetano e o Posto de Comando do MFA.





17:00Salgueiro Maia entra no Quartel do Carmo e exige a rendição a Marcelo Caetano, que lhe responde que só se renderia a um Oficial-General para que o Poder não caísse na rua. O Posto de Comando mandata o General Spínola para ir receber a rendição de Marcelo Caetano ao Quartel do Carmo.

Os militares experimentam cada vez mais dificuldades para conterem a multidão que aguarda o carro em que se transporta o General Spínola.





17:30Transmissão de outro comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 17:30h





18:00Spínola chega ao Largo do Carmo e, acompanhado por Salgueiro Maia, entra no Quartel para dialogar com Marcelo Caetano.

Spínola chega ao Largo do Carmo completamente rodeado pela população em euforia.
18:20Transmissão de novo comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 18:20h
18:30A Chaimite Bula entra no Quartel do Carmo para transportar Marcelo Caetano à Pontinha.

Reportagem sobre a entrada da chaimite Bula no Quartel do Carmo

Aceite a rendição de Marcelo Caetano, iniciam-se os preparativos para o transporte até à Pontinha do chefe do Governo e respectivos ministros, que abandonam o local num blindado.





18:40Declaração do MFA na RTP.
18:45Decreto-Lei 171/74: extinção da PIDE/DGS, Legião Portuguesa e Mocidade Portuguesa.

Extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa (Dec.-Lei 171/74 de 25 de Abril)

Destituição dos Dirigentes Fascistas (Lei 1/74 de 25 de Abril)

Cartoon de C. Brito, no jornal República do dia 10 de Maio de 1974
19:00Marcelo Caetano e os ministros Rui Patrício e Moreira Baptista entram na Chaimite Bula.

Aceite a rendição de Marcelo Caetano, abrem-se os portões do quartel do Carmo e iniciam-se os preparativos para o transporte até à Pontinha do chefe do Governo e dos ministros, que abandonam o local num Chaimite de nome Bula.
19:30Salgueiro Maia levanta o cerco ao Largo do Carmo e conduz Marcelo Caetano e os ministros ao Posto de Comando, na Chaimite Bula, literalmente envolvida por uma enorme multidão que grita "Vitória! Vitória! Vitória!". A população manifesta-se nas ruas de Lisboa, durante o percurso da “Bula” até ao Posto de Comando e, cerca de 20 minutos depois é emitido novo comunicado do MFA.

Aceite a rendição de Marcelo Caetano, iniciam-se os preparativos para o transporte do chefe do Governo e respectivos ministros. Um coro gigantesco de assobios e palavras de ordem acompanham a saída da coluna de passageiros.

Capa do jornal República do dia 25 de Abril de 1974

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 19:50h

Reportagem sobre a saída do Professor Marcelo Caetano do Quartel do Carmo e entrega do poder ao General Spínola





20:00Transmissão da Proclamação do MFA através do RCP.

Proclamação do MFA, distribuído à Imprensa no dia 25 de Abril de 1974

Reportagem sobre a Proclamção do MFA





21:00A Chaimite Bula chega ao Posto de Comando com Marcelo Caetano e os dois ministros, que ali ficam detidos até ao dia seguinte.Elementos da PIDE/DGS disparam sobre a população que cerca a sua sede, causando 4 mortos e 45 feridos. Forças da Marinha juntam-se ao MFA, alcançando a rendição da PIDE/DGS.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 21:00h

Forças de cavalaria, de infantaria e da marinha ocupam as entradas da rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.





22:00Forças de paraquedistas chegam à prisão de Caxias, onde a PIDE/DGS ainda resiste. É transmitido novo comunicado do MFA.

Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 22:00h





23:30São promulgadas a destituição dos dirigentes fascistas (através da Lei 1/74) e a extinção da PIDE/DGS, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa.

Destituição dos Dirigentes Fascistas (Lei 1/74 de 25 de Abril)

Extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa (Dec.-Lei 171/74 de 25 de Abril)

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