D.Nuno Alvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhois e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-duzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da despropurção numérica:«Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»
Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a Mulher para ser companheira do Homem. Mas depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Dai a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha:«Tem tempo e tu tens pressa» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.
Autor desconhecido:
domingo, 25 de outubro de 2009
ALENTEJO
Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sitio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais dificil já foi feito.
Ou seja, muitos portugueses e poucos Alentejanos.
Ou seja, muitos portugueses e poucos Alentejanos.
O Tal Caminho
"Caminho de acesso à Casa do Sr.Bernardo"
Esta frase consta no boletim informativo da Freguesia de Comporta nº4,Setembro/09 desta mesma Freguesia intitulado "Trabalho de um Mandato".
Penso, e quero pensar, que a ideia era mesmo facultar a vida ao srº Bernardo, devido à dificuldade de mobilidade que o mesmo tem e conhecida por todos. Tentaram fazer um caminho, mas o que aconteceu foi o contrário... Acabaram com o caminho que lá existia, porque agora o senhor não consegue passar, devido ao mau estado em que se encontra o tal caminho.
Será que existe certificado de garantia do trabalho executado?
Isto é Comporta
O Outono chegou.
A hora mudou.
A nossa terra parece estar a ficar deserta,
Mas se ficar alerta...
Em cada recanto irá encontrar,
Um local com uma história de encantar.
Um habitante ou um mero caminhante.
É um prazer com as ondas adormecer,
e com elas acordar, pr'a mais um dia encantar.
Não é qualquer um, não é qualquer gente,
é bom ser Comportense!
+Comporta
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
ALENTEJO
"Portugal nasceu no Norte mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade, Evora é o berço do império Português. Não foi por acaso que D.João II se teve de refugiar em Evora para descobrir a India. No meio das montanhas e das serras um Homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um Homem consegue ver ao longe."
Autor desconhecido.
Autor desconhecido.
ALENTEJO
"Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à india para D. João II perceber que só o costado de um Alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para o Homem comum fica muito longe, para um Alentejano fica já ali. Para um Alentejano não há longe, nem distância porque só um Alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre."
Autor desconhecido
Autor desconhecido
OUTROS TEMPOS
SABIA QUE:
Em 17 de Fevereiro de 1925, foi fundada em Jersey (ilhas do canal- Grã-Bretanha) a sociedade The Atlantic Company Ltd, conforme estatutos editados no Diario do Governo 3ª serie nº135 de 13 de Junho de 1925. Esta sociedade Inglesa mas também com capitais Portugueses tinha uma delegação na cidade do Porto e teve conhecimento que a familia Soares Mendes estava interessada na venda da Herdade da Comporta.
Vindo-se a transação a concretizar neste mesmo ano de 1925. A Comporta sempre teve o seu forte na cultura do arroz mas também os pinhais, as platações de eucalipto, e o sequeiro se trabalhavam na Herdade. Na epoca de cultura intensa na Comporta havia uma população de 3000 pessoas e na epoca normal cerca de 1000. Este numero populacional de 1934, não existia em muitas freguesias do Concelho, mas mesmo assim não tinha, um posto de socorros, uma caixa de correio, médico nem Posto da GNR, estando a segurança a cargo dos Guardas florestais.
Segundo a minha pesquisa na História da Comporta e da Herdade, um dos compradores de arroz da Atlantic, a firma, Estabelecimentos Manuel da Silva Torrado e Irmãos, com fábrica de descasque de arroz em Sacavem, tinham uma grande influência na antiga comissão reguladora do comércio de arroz e conseguiram concretizar a montagem da fabrica de descasque de arroz da Comporta (1952) que só laborava o arroz produzido na Herdade.
Tempos depois os administradores da casa Torrado, vindo a apreceberem-se de uma crise financeira no seio da Atlantic, fizeram proposta a esta da compra da Herdade, os quais se mostraram desde logo interessados.
Dado que a casa Torrado não dispunha de verba para o pagamento integral, desde logo contactaram o Drº Manuel Ribeiro Espirito Santo. O qual se mostrou interessado, dado tambem se tratar de um território Português em posse de estrangeiros.
Este negocio culminou em Setembro de 1955 com a compra da Herdade pelos Torrados e Espirito Santo.
Esta sociedade manteve-se durante 3 anos.
Devido ao enorme empreendimento projectado para a Herdade pelo Espirito Santo, e como a familia Torrado não dispunha de capital de investimento decidiu vender a parte que tinha aos Espirito Santo.
Assim desta forma a The Atlantic Company Ltd ficou na totalidade a pertencer ao Grupo Espirito Santo a partir de 1958/59.
O nome da firma permaceu Atlantic Company até ao virar do século, não preciso bem o ano certo hoje Herdade da Comporta.
Quero desta maneira dar a conhecer o que foi a Comporta, é importante que se saiba como foi a nossa terra tudo o que aqui escrevo são recolhas e testemunhos vivos de gente da Comporta.
Estou a efectuar mais uma recolha interessante que brevemente publicarei.
Em 17 de Fevereiro de 1925, foi fundada em Jersey (ilhas do canal- Grã-Bretanha) a sociedade The Atlantic Company Ltd, conforme estatutos editados no Diario do Governo 3ª serie nº135 de 13 de Junho de 1925. Esta sociedade Inglesa mas também com capitais Portugueses tinha uma delegação na cidade do Porto e teve conhecimento que a familia Soares Mendes estava interessada na venda da Herdade da Comporta.
Vindo-se a transação a concretizar neste mesmo ano de 1925. A Comporta sempre teve o seu forte na cultura do arroz mas também os pinhais, as platações de eucalipto, e o sequeiro se trabalhavam na Herdade. Na epoca de cultura intensa na Comporta havia uma população de 3000 pessoas e na epoca normal cerca de 1000. Este numero populacional de 1934, não existia em muitas freguesias do Concelho, mas mesmo assim não tinha, um posto de socorros, uma caixa de correio, médico nem Posto da GNR, estando a segurança a cargo dos Guardas florestais.
Segundo a minha pesquisa na História da Comporta e da Herdade, um dos compradores de arroz da Atlantic, a firma, Estabelecimentos Manuel da Silva Torrado e Irmãos, com fábrica de descasque de arroz em Sacavem, tinham uma grande influência na antiga comissão reguladora do comércio de arroz e conseguiram concretizar a montagem da fabrica de descasque de arroz da Comporta (1952) que só laborava o arroz produzido na Herdade.
Tempos depois os administradores da casa Torrado, vindo a apreceberem-se de uma crise financeira no seio da Atlantic, fizeram proposta a esta da compra da Herdade, os quais se mostraram desde logo interessados.
Dado que a casa Torrado não dispunha de verba para o pagamento integral, desde logo contactaram o Drº Manuel Ribeiro Espirito Santo. O qual se mostrou interessado, dado tambem se tratar de um território Português em posse de estrangeiros.
Este negocio culminou em Setembro de 1955 com a compra da Herdade pelos Torrados e Espirito Santo.
Esta sociedade manteve-se durante 3 anos.
Devido ao enorme empreendimento projectado para a Herdade pelo Espirito Santo, e como a familia Torrado não dispunha de capital de investimento decidiu vender a parte que tinha aos Espirito Santo.
Assim desta forma a The Atlantic Company Ltd ficou na totalidade a pertencer ao Grupo Espirito Santo a partir de 1958/59.
O nome da firma permaceu Atlantic Company até ao virar do século, não preciso bem o ano certo hoje Herdade da Comporta.
Quero desta maneira dar a conhecer o que foi a Comporta, é importante que se saiba como foi a nossa terra tudo o que aqui escrevo são recolhas e testemunhos vivos de gente da Comporta.
Estou a efectuar mais uma recolha interessante que brevemente publicarei.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
ALENTEJO
ALENTEJO
Palavra mágica que começa no Além e termina no tejo, o Rio da portugalidade.
O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português,fugiu de Espanha à procura do mar.
O Alentejo molda o caracter de um homem. A solidão e a quietude da planicie dão-lhe espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência fisica, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer ser. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Autor desconhecido:
Palavra mágica que começa no Além e termina no tejo, o Rio da portugalidade.
O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português,fugiu de Espanha à procura do mar.
O Alentejo molda o caracter de um homem. A solidão e a quietude da planicie dão-lhe espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência fisica, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer ser. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Autor desconhecido:
COMPORTA
COMPORTA
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Comporta Bairro da Cantina
COMPORTA CAIS 1950
COMPORTA A NOSSA TERRA
Eu não conheci, mas este era o magnifico barco Maravilha do Sado que fazia o transporte de Passageiros entre Setúbal e Comporta.
Sei que começou a navegar nos anos 5o e para a altura era uma bela máquina as pessoas começaram a viajar com mais condições e segurança. Por estas alturas, o meio de transporte mais utilizado era este ainda não existiam as estradas asfaltadas.
O cais da Comporta como já foi referido neste blog era bastante modesto, e estava longe de satisfazer as necessidades do movimento de tão importante zona agricola.
Na praia mar e a muito custo chegavam a este cais batelões de grande calado de 150 a 300 toneladas que transportavam desde o arroz aos materiais de construção.
As palavras aqui escritas são de pessoas da Comporta felizmente ainda vivas e de outras já falecidas.
O meu agradecimento.
Esquecimentos II
Em momentos de campanha autárquica o +Comporta em nome de todas as crianças da nossa Freguesia e de todas aquelas que nos visitam, não pode deixar o seu descontentamento em relação ao parque infantil da Comporta. Lamentamos não ter sido incluído no "Trabalho de um Mandato".
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