Localizada na península de Tróia, a freguesia da Comporta pertence ao concelho de Alcácer do Sal e é caracterizada pelos imensos arrozais, sendo o seu cultivo uma tradição emblemática, e pela presença de inúmeras espécies de aves, nomeadamente as garças-reais, as cegonhas e os flamingos. A sua gastronomia é composta por pratos como o tradicional ensopado de enguias, massa de peixe e os mais diversos pratos de arroz.
A sua história remonta à habitação feita por escravos negros e à designação de “África Metropolitana”, nome advindo deste povo. No tempo da Companhia das Lezírias, a Comporta era um pequeno aglomerado de cabanas em volta de uma casa apalaçada, que servia de habitação aos donos da propriedade. Actualmente, as miniaturas de cabanas são os motivos artesanais que representam as habitações existentes naquele tempo.
A Comporta, até 1989, pertencia à freguesia de Santa Maria do Castelo e, só a partir desta data é que foi elevada a freguesia. É constituída pelas localidades de Brejo da Carregueira, Brejo da Carregueira de Cima, Cambado, Comporta, Figueiral Moitinha, Murta, Possanco, Torre, Torroal e Carrasqueira. Esta última dispõe de um porto palafítico, considerado como património do concelho, devido ao modo como está construído, à sua extensão e ao enquadramento paisagístico. A capela de S. Pedro e os Concheiros do Paleolítico fazem também parte do património cultural.
Abrangida por uma área de 500 km2 e com uma população de 1.800 habitantes, as actividades económicas estão muito ligadas às tradições e proximidade com o rio Sado. Refere-se a agricultura, pesca, pequena indústria e restauração. Anualmente, são organizadas as festas de S. João e as Festas do Arroz.
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