domingo, 25 de outubro de 2009

ALENTEJO

D.Nuno Alvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhois e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-duzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da despropurção numérica:«Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»

Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a Mulher para ser companheira do Homem. Mas depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Dai a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha:«Tem tempo e tu tens pressa» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.
Autor desconhecido:

1 comentário:

Anónimo disse...

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Bom trabalho para vocês e um abraço.

C.Coordenadora do Bloco de Esquerda em Grândola